quinta-feira, 12 de março de 2009

ONG católica critica arcebispo de Olinda e Recife no caso do aborto da menina de Alagoinha PE

O aborto realizado na menina de 9 anos abusada pelo padrasto em Alagoinha, Pernambuco, e grávida de gêmeos, foi condenado pela Igreja Católica mesmo sabendo dos riscos que esta menina corria caso levasse adiante a gravidez, pois segundo os médicos a menina que tem 1,33m, e pesa 36 kg mantinha uma gravidez de alto risco. Segundo o hospital, o procedimento não foi feito antes porque não houve consenso entre os pais da criança. Na verdade o caso desta menina teve repercussão mundial e por outro lado também abriu as portas para mais denúncias deste tipo no Brasil. Desta forma, aos poucos vários casos de estupro que ocorreram neste país envolvendo crianças e seus padrastos ou até o próprio pai, como é o caso registrado no município de Braga RS, estão sendo divulgados pela mídia.
O que não compreendemos no entanto é a posição da Igreja diante destes fatos, o que é uma verdadeira afronta a dignidade humana. E é por esta razão que todas estas crianças vítimas de tamanha barbaridade tem direito sim de interromper a gravidez, pois os religiosos deveriam de pensar em primeiro lugar no trauma que estas meninas carregam consigo.
Leia o texto abaixo que critica o arcebispo de Olinda:
A associação civil mexicana Católicas pelo Direito a Decidir criticou "a falta de compaixão" do arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, que excomungou a mãe da menina de 9 anos que abortou após ficar grávida de gêmeos do padrasto e a equipe médica que fez a cirurgia.
As ativistas católicas criticaram a decisão do religioso em um anúncio pago na imprensa mexicana.
"Como pode se erguer em estandarte da moral uma instituição que antepõe a proteção de criminosos, estupradores e pedófilos, à vida e à dignidade das meninas e mulheres?", indica o comunicado.
A ONG mexicana defende a liberdade da mulher para decidir sobre questões sexuais e de reprodução, e, em geral, mantém uma posição crítica à hierarquia eclesiástica.
Além de ter sido abusada pelo padrasto desde que tinha seis anos, a menor, segundo os médicos, corria risco de morrer caso a gravidez seguisse em frente.
A organização lembra que o caso cumpria as condições fixadas na lei brasileira para a prática do aborto, pois a legislação afirma que o ato pode ser praticado quando a mulher foi violentada e quando a vida da mãe corre risco.
Fonte: Agência Brasil

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