sexta-feira, 13 de março de 2009

Deputados aprovam o veto ao abono dos servidores

Os deputados após ter cancelada a primeira votação por falta de quórum, aprovaram ontem a tarde o veto ao abono dos servidores. Mais uma vez o governo consegue "conquistar" os votos da maioria dos deputados. Veja os pronunciamentos de alguns deputados justificando o seu voto e conheça-os. Certamente em breve o CPERS apresentará a relação dos deputados que votaram a favor do veto.

Segue em anexo o texto extraído da Redação Terra:

Os deputados do Rio Grande do Sul aprovaram, nesta tarde, o veto parcial da governadora Yeda Crusius (PSDB) ao projeto abonando as faltas de professores, servidores de escolas e profissionais da Polícia Civil e do Centro de Saúde Escola Murialdo, que participaram da greve de 2008 (PL 285/2008). Servidores lotaram as galerias e acompanharam o encaminhamento da matéria em Plenário, que recebeu 27 votos a favor e 21 contrários.
No total, 29 deputados registraram presença durante o prazo regimental para verificação de quórum, que antecedeu a abertura da Ordem do Dia. A votação da matéria, inicialmente marcada para a última terça-feira, foi transferida para esta quarta-feira e, ficou para esta quinta, por falta de quórum nos dois dias anteriores.
Veto: O veto parcial do governo do Estado retira do texto do PL 285/2008 os parágrafos 1º, 2º e 3º do artigo 1º da proposição, itens incorporados à matéria por força de emendas parlamentares aprovadas em Plenário, em 16 de dezembro, data em que foi aprovada a proposição.
Na ocasião, os parlamentares ampliaram o número total de faltas abonadas aos professores, incluindo o período compreendido entre os dias 14 e 28 de novembro de 2008. Na época, os deputados contemplaram também outras categorias de servidores públicos estaduais entre as beneficiadas pela medida: foram acrescidos ao texto da matéria os servidores ligados ao Centro de Saúde Escola Murialdo e à Polícia Civil.
O deputado Adroaldo Loureiro (PDT) pediu antes da votação que os demais parlamentares mantivessem a coerência e não cometessem "a grande injustiça contra os funcionários públicos".
O deputado petista Adão Villaverde cobrou dos parlamentares da base aliada por que eles não se pronunciavam na tribuna. Ele questionou se "havia muita pressão para defender outra idéia".
O deputado Iradir Pietroski (PTB) falou na tribuna e escutou manifestações contrárias da platéia, que estava na galeria, e que foi advertida pelo presidente da Câmara, Ivar Pavan (PT). Pavan disse que aplausos e vaias seriam permitidos, mas agressões, não.
O deputado Francisco Appio (PP) adiantou o voto e disse que "mesmo que o mérito mandasse votar pelo trabalhador, o voto dele seria pela Constituição e pela legalidade". Ele afirmou que ouviu "de tudo durante o debate, mas não ouviu o debate sobre o veto". Segundo o parlamentar, "na Casa há um cenário de partidarização entre oposição e governistas, um mero debate que antecipa o processo eleitoral".
O deputado Cassiá Carpes (PTB) disse "que esse governo sempre tratou mal os professores e que essa luta vai continuar, seja na Justiça ou não".
Jerônimo Goergen (PP) subiu na tribuna e disse que tem coerência e, por isso, chegou a abrir mão de uma secretaria no Estado. "Receberei vaia, mas apostarei na democracia desse Estado. É um momento difícil da política gaúcha."

Nenhum comentário: