quinta-feira, 6 de agosto de 2009

MPF pede saída de Yeda Crusius

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ontem na 3ª Vara da Justiça Federal de Santa Maria uma ação de improbidade administrativa contra a governadora do Estado, Yeda Crusius, e outras oito pessoas, entre deputados e integrantes do governo. O MPF pede o imediato afastamento e a decretação de indisponibilidade dos bens da governadora e dos demais réus: José Otávio Germano, João Luiz Vargas, Luiz Fernando Záchia, Frederico Antunes, Delson Martini, Walna Vilarins Menezes, Rubens Bordini e Carlos Crusius. Os promotores pedem, ainda, que a Justiça levante o sigilo da ação, relacionada a fraudes detectadas no Detran, que desviou R$ 44 milhões dos cofres públicos. Todos os citados na ação, de algum modo, segundo o MPF, estariam envolvidos, de formas diferentes, intermediando, repassando ou utilizando os recursos.A juíza Simone Barbisan Fortes, que conduz o processo em Santa Maria, deve decidir nas próximas horas se acolhe ou não os pedidos. Conforme os seis procuradores federais que compõem a força tarefa da operação Rodin, os nove réus deverão sofrer sanções que tem, entre outros objetivos, ressarcir os cofres do Estado. A decisão do MPF, de ajuizar a ação, tem base em investigações de cerca de um ano, período em que foram ouvidas mais de 20 mil ligações telefônicas e centenas de depoimentos, que formaram o processo de 1.236 páginas. Além disso, foram cruzadas informações obtidas pela Operação Solidária e de outros três procedimentos judiciais. Os procuradores, por força do segredo de Justiça, não adiantaram o conteúdo e nem especificaram a infração atribuída a cada um dos acusados, o que só será possível com a quebra do sigilo pedido à juíza de Santa Maria.Uma cópia da petição foi enviada à Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília. Na PGR, já tramita ação sobre a compra da casa pela governadora. De acordo com denúncias da oposição, o imóvel teria sido comprado com recursos de caixa dois de campanha eleitoral. É a Procuradoria-Geral da República que poderá determinar processos criminais, no caso da fraude do Detran, contra os acusados com foro privilegiado. A casa consta do rol de bens da governadora que poderão ser retomados em consequência da ação.

Equipe do MPF é formada pelas seguintes pessoas: Jerusa Viecili, Ivan Cláudio Marx, Fredi Everton Wagner, Adriano Raldi, Alexandre Schneider e Enrico Rodrigues de Freitas

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