segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Jovem gaúcho é morto na Suíça


Vilmar Horn e sua namorada Denise Kipper

Familiares ainda tentavam entender ontem à noite as circunstâncias que levaram à morte de um jovem gaúcho às 2h45min de sábado (noite de sexta-feira no Brasil). Vilmar Horn, 24 anos, de São Paulo das Missões, no noroeste gaúcho, foi esfaqueado na saída de uma festa.
Horn estava na Suíça havia três meses como funcionário de uma fazenda. A família foi notificada da morte pelos patrões do gaúcho. Conforme o jornal suíço Der Bund, o jovem foi morto em uma briga em Hohenrain, nas proximidades de Lucerna, após deixar um festival na cidade de Hochdorf. Ele estava acompanhado de outro brasileiro e teria sido agredido por três pessoas.
A polícia prendeu ontem dois suspeitos, de acordo com o jornal Le Temps. Irmã do jovem, Andréia Horn, 20 anos, afirmou que Horn teria sido abordado por iugoslavos na saída da festa, que teriam jogado spray de pimenta nos olhos do gaúcho e, depois, o esfaqueado pelas costas. O jovem morreu no local.
– A gente não sabe ao certo o que aconteceu – relatou Andréia, que também não sabia em que cidade ele estava morando.
A família não foi procurada pela embaixada brasileira em Berna, nem contatou qualquer representação brasileira no país europeu. O gaúcho viajou para cobrir a vaga deixada por um amigo que voltou recentemente ao Brasil. O contrato de trabalho era de um ano e meio. Ele pediu licença do quartel onde trabalhava, em São Luiz Gonzaga, e assumiu o emprego em uma granja perto da casa dos pais para conseguir pagar a passagem para a Europa. O objetivo era economizar dinheiro para voltar ao Rio Grande do Sul e construir uma casa em Catarina, a cerca de 10 quilômetros de São Paulo das Missões, recordou Andréia. A namorada há três anos, Denise Kipper, 23 anos, ficou no Brasil.
– É impossível ele ter inimigos. Tinha amizade com todos, estava sempre alegre, jamais deixaria um amigo na mão – afirmou Andréia.
A última vez que os parentes falaram com o gaúcho foi na última quinta-feira, quando ele avisou por telefone que enviara pelo correio cartas, um CD com fotos e um presente de aniversário para a irmã.
Amigos brasileiros queriam velar Horn na Suíça, mas a família quer que o corpo do jovem – que está em um instituto médico legal suíço – seja enviado ao Rio Grande do Sul o quanto antes. Esse procedimento pode levar até 10 dias.


Fonte: ZH

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