sábado, 11 de abril de 2009

Governadora Yeda passa a Páscoa nos Estados Unidos e o vice Feijó no Uruguai




O Rio Grande do Sul está sem comando ou sendo governado à distância desde o início da tarde de quinta-feira. Para surpresa de integrantes do governo e da Assembleia Legislativa, a governadora Yeda Crusius viajou para San Francisco, nos Estados Unidos, para passar o feriado de Páscoa ao lado do filho Cesar Augusto Crusius, da nora e das duas netas – mas não transmitiu o cargo às autoridades que ficam na linha de substituição. A volta da governadora à Capital está prevista para a noite de domingo.Como o vice-governador Paulo Afonso Feijó está em Punta del Este, no Uruguai, também desde quinta-feira, a missão de assumir o governo seria do petista Ivar Pavan, presidente da Assembleia.
Para evitar a entrega do cargo máximo do Executivo para o desafeto Feijó ou para o maior partido de oposição, o Piratini se ampara em um parecer de sete páginas da Procuradoria-Geral do Estado. O documento, produzido em 2007, menciona a evolução tecnológica como argumento para que o governador exerça seu mandato de qualquer parte do mundo. Além disso, uma liminar de 1992 retirou da Constituição Estadual a previsão de perda do cargo pelo governador que deixar o país sem transmiti-lo.
Yeda embarcou para São Paulo em voo de carreira e, de lá, para os Estados Unidos. Mesmo no governo, poucos sabiam da jornada de Yeda para os Estados Unidos até o dia da viagem. Na agenda de quinta-feira, não havia referência ao deslocamento.
Era final da manhã quando ela comunicou o chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, de que sairia do país. Yeda pediu a ele que encaminhasse o aviso à Assembleia. Em nenhum momento, conforme o secretário, a governadora cogitou transmitir o cargo.
Mais uma vez a governadora demonstrou por meio de suas ações que seu relacionamento político não vai nada bem, e sua confiança muito menos, pois se quer é capaz de transmitir o cargo para seu vice. Ou está fazendo "contenção de despesas", como é de seu costume.
O certo é que quem sai perdendo é o povo gaúcho. Já imaginou tamanha irresponsabilidade deixar um estado sem governante? E se ocorrer uma emergência? Quem resolve o problema?
Isto nunca aconteceu em nosso estado. É claro, tudo tem a primeira vez. E conforme o governo, a tecnologia da modernidade atenua a ausência da governadora. Isto que é modernidade!

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