sábado, 20 de dezembro de 2008

Minha árvore de Natal



Quisera, Senhor, neste Natal, armar uma árvore dentro do meu coração
e nela pendurar, em vez de presentes,
os nomes de todos os meus amigos!
Os amigos de longe e de perto.
Os antigos e os mais recentes.
Os que vejo cada dia e os que raramente encontro.
Os sempre lembrados e os que, às vezes, ficam esquecidos.
Os constantes e os intermitentes.
Os das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que, sem querer, eu magoei ou, sem querer, me magoaram.
Aqueles a quem conheço profundamente
e aqueles de quem não me são conhecidas a não ser as aparências.
Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo.
Meus amigos jovens e meus amigos velhinhos.
Meus amigos homens feitos e as crianças, minhas amiguinhas.
Meus amigos humildes e meus amigos importantes.
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.
Aqueles a quem eu conheci antes de me conhecerem
e aqueles que me conhecem sem eu os conhecer.
Que me admiram e me estimam sem eu saber,
que eu estimo e admiro sem lhes dar a entender.
Quero ser uma árvore de raízes muito profundas,
para que os seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração.
De ramos muito extensos para que novos nomes,
vindos de todas as partes, venham juntar-se aos existentes.
Uma árvore, de sombra muito agradável,
para que nossa amizade seja um momento de repouso nas lutas da vida.
Bethynha

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