segunda-feira, 30 de junho de 2008

São Pedro do Butiá realiza consenso

O Partido Progressista de nosso município realizou consenso com a ADC ( que atualmente está no poder municipal). A notícia já está sendo amplamente divulgada pelos meios de comunicação locais, o que confirma a veracidade dessa informação. Porém um questionamento nos indigna: se consenso é na verdade acordo, concordância de idéias, que idéias são estas? Ou melhor, concordância de idéias de quem? De uma minoria que se diz representante do Partido Progressista de São Pedro do Butiá?
Mas antes de discutirmos isto, vejamos algumas definições de consenso: Consenso e coerção fazem um jogo, em que um elemento aumenta à custa do outro, em certas conjunturas, mas, em nenhum momento, qualquer dos dois desaparece. A obtenção do consenso nem sempre se traduz através de canais ou de formas representativas e democráticas, mas pode ter, em alguns casos, manifestação através de formas despóticas. O que varia é a correlação entre coerção e consenso. O termo consenso denota a existência de um acordo entre os membros de uma determinada unidade social em relação a princípios, valores, normas, bem como quanto aos objetivos almejados pela comunidade e aos meios para os alcançar. O consenso se expressa, portanto, na existência de crenças que são mais ou menos partilhadas pelos membros de uma sociedade.
Assim sendo, diante das atuais circunstâncias perguntamo-nos: que tipo de consenso é este onde os dois representantes do executivo municipal são da ADC? Será que na próxima eleição o “tal consenso” continuará e os dois candidatos do executivo então, serão do PP? Quem garante? Aliás, isto nem foi cogitado. Os representantes do Partido Progressista não sabem sequer qual será a secretaria que terão direito ou farão juz. Se é que farão.
Esse negócio de definir secretaria após as eleições, isso é como acreditar em Papai Noel. E todo mundo sabe que ele não existe. Não passa de uma lenda.
Como os “representantes” do PP realizam tal acordo, onde não tem certeza alguma de que secretaria terão parte ou comandarão, apenas contando com a Secretaria da Câmara de Vereadores, um cargo de segundo escalão, cujo também não sabem qual será, e a presidência da Câmara por um período de dois anos intercalados?
Isto foi um “Negócio da China” para alguns interessados e para outros foi o maior equívoco que poderiam cometer.
Porém só terão capacidade de avaliar as conseqüências desse ato quando vier à tona o resultado das Eleições Municipais de 2008.
É como assinar os papéis de compra/venda de uma fazenda sem saber realmente qual será o valor a ser pago após a concretização do ato de passagem da documentação ao comprador da referida área. Quem faria um negócio assim?
Outro comentário a ser feito é a respeito dos representantes do Partido Progressista de nosso município: eles realmente tem certeza de que esta é a vontade de todos os tradicionais eleitores do PP? E estes foram realmente consultados?
Não que sejamos contra o consenso. Pelo contrário, somos até a favor, a fim de eliminar as disputas políticas e atritos que sempre houveram entre os integrantes dos referidos partidos, o que na verdade só impede o desenvolvimento do real potencial do município e, portanto é, diante de uma ótica progressista, um atraso social, político e econômico para o município.
Porém, não concordamos com o modo como este consenso foi estabelecido, com as regras definidas para o mesmo, que privilegiam interesses pessoais e alguns partidos políticos, mas não a real representatividade da maioria esmagadora dos fiéis eleitores do PP (Partido Progressista) de São Pedro do Butiá.

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