segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O Porquê da greve do Magistério Gaúcho

Cpers pedirá que deputados não aceitem projeto de piso estadual
Categoria irá realizar nova reunião e exigir audiência com a governadora Yeda Crusius
Gustavo Souza gustavo.souza@zerohora.com.br

Após 3,5 horas de reunião, o comando de greve do magistério, deflagrada na sexta-feira, decidiu na tarde de hoje pedir para a ajuda dos parlamentares gaúchos para resolver o impasse que se instaurou a pouco mais de um mês para o fim do ano letivo. Na segunda-feira, os professores vão à Assembléia Legislativa pedir para que os deputados não aceitem o projeto de piso estadual. A proposta do governo estadual elevaria o salário para R$ 950, somando todas os benefícios vantagens funcionais, diferentemente como estabelece a legislação nacional, que parte dos R$ 950 para calcular as vantagens. A presidente do Cpers, Rejane Oliveira, diz que também será entregue aos deputados uma carta-compromisso, pedindo para que nenhum projeto sobre o tema seja votado durante o período de férias escolares. — Queremos explicar para os deputados por que estamos contra o projeto e pedir que eles assumam o compromisso de não decidir sobre o tema que retira direitos da categoria enquanto estivermos em recesso escolar — disse Rejane. Durante o encontro do comando, composto por 29 professores, a categoria definiu um calendário de atividades para a próxima semana. Assim, ficou definido que, na segunda-feira, o grupo irá realizar nova reunião e exigir uma audiência para terça-feira com a governadora Yeda Crusius. A intenção é pedir para que o projeto seja retirado. — O destino da greve está nas mãos da governadora. Se na segunda-feira mesmo ela retirar o projeto, o comando de greve se reúne para definir pelo fim da paralisação — ressalta Rejane. A secretária da Educação, Mariza Abreu, enviou à categoria uma carta reafirmando que fará valer o decreto determinando o corte de ponto e corte da efetividade dos professores grevistas. A presidente do Cpers enfatizou que não houve nenhum pedido para que os professores que aderirem a greve assinem o ponto de freqüência, mas não trabalhem. — Encaramos isso como uma ameaça, mas não queremos que os profissionais batam o ponto e não assumam suas atividades. O que faremos será a utilização de um ponto paralelo, e assim que terminar a paralisação, o instrumento possa ser utilizado como abono às faltas— explica Rejane, avisando que a categoria fará vigília em frente ao Piratini na próxima semana.
Fonte: Zero Hora

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