sábado, 29 de novembro de 2008

Governo chinês executa cientista

No dia 28 de Novembro em Pequim, foi executado o cientista chinês Wo Weihan de 59 anos, acusado de espionagem em proveito de Taiwan, um ato condenado sem demora pelos Estados Unidos e União Européia (UE). A execução do chinês, foi anunciada à agência France Press (AFP) pela sua filha, Ran Chen, cidadã austríaca casada com um norte-americano. Wo Weihan foi detido em Janeiro de 2005 em Pequim acusado de transmitir a Taipei informações de natureza militar, incluindo cópias de planos de mísseis. O bioquímico, que sempre reclamou a sua inocência, foi condenado à morte em Maio de 2007 por difusão de segredos de Estado, num processo que, segundo a sua família e algumas ONG, era pouco transparente. A China é um dos 51 países que possuem pena de morte. Ela sozinha, é responsável por 89% das execuções mundiais e a Ásia é o continente que aplica a pena com mais freqüência. Na China, a pena de morte é considerada um segredo de Estado - o que, segundo as associações humanitárias, torna praticamente impossível ter acesso a estimativas oficiais sobre o número de pessoas executadas.
No país, diversos delitos são passíveis de pena de morte, entre os quais: falsificação de moeda, sonegação fiscal, adultério, furto, violação de túmulos, corrupção, roubo de antiguidades, assassinato e pasmem, até cheque sem fundo. Imagina se isto fosse aqui no Brasil. As “cidades do silêncio” iram aumentar ainda mais. Na verdade, cerca de 70 crimes são puníveis com execução, incluindo crimes não-violentos. O número de execuções é desconhecido porque o governo chinês não relata as reais estatísticas. Um oficial chinês, recentemente nomeado teria informalmente afirmado que as execuções perfazem um total de 10.000 ao ano. Porém quando este valor foi relatado no noticiário nacional e internacional, ela foi rápido para esclarecer que este número não era "oficial". Outra fonte de informação sobre documentos internos do governo ponha o total a 15.000 por ano. O número exato de execuções não é conhecido, porque o governo guarda as estatísticas da pena de morte como um segredo de Estado.
No caso da China, o condenado morre com um tiro na nuca e a família paga ao Estado o valor da bala utilizada.
Num recente relatório, a Anistia Internacional afirmou que os direitos dos indivíduos que enfrentam a pena de morte na China são violados em todas as fases do processo judicial. Nas circunstâncias, pessoas inocentes, sem dúvida, têm sido e continuarão a serem executadas. Entre os abusos mais comuns citam-se:
_ Nenhum acesso imediato ao advogado;
_ torturas usadas para extorquir confissões;
_ obviamente forjado provas utilizadas em tribunal;
_ não garantida presunção de inocência ;
_ a maioria dos juízes tem a mínima ou nehuma formação jurídica;
- Partido supervisiona todos os tribunais, resultando em veredictos antes do julgamento.
É analisando tudo isto, temos mais uma vez a certeza de que apesar de “tudo” o que acontece aqui no Brasil, moramos num país maravilhoso, que de certo modo nos permite uma grande liberdade nas mais variadas formas. Coisa que na China certamente não existe.

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